Quando as desarmonias dento esqueléticas surgem devem ser estudadas pelo ortodontista para que possam ser controladas e corrigidas. Muitas dessas alterações precisarão da intervenção fonoterápica para que a causa seja tratada, ficando a ortodontia encarregada de tratar as consequências.
Por outro lado o profissional da Fonoaudiologia, ao examinar seu paciente e perceber que a função não condiz com a forma anatômica, deve indicar intervenção da Ortodontia.
A presença dos hábitos orais pode levar a más oclusões dentárias e interferir no crescimento craniofacial, alterando as funções de fala, respiração, mastigação
e deglutição. Dentre as consequências mais comuns relacionadas aos hábitos orais deletérios se encontram a mordida aberta anterior, mordida cruzada posterior e
sobre mordida excessiva.
Idealmente os portadores de alterações mio funcionais orais devem ser avaliados e acompanhados por pelo menos três profissionais: o ortodontista, o fonoaudiólogo e o médico otorrinolaringologista e/ou alergista.
A Fonoaudiologia trabalha com a Fonoterapia nos casos de distúrbios orofaciais aplicando exercícios que são capazes de corrigir a respiração bucal, padrões de mastigação e deglutição, bem como vícios posturais da língua e lábios.
O tratamento com Fonoterapia abrange todas as faixas etárias, ou seja, não existe um limite de idade para submeter-se aos exercícios, o que importa é o caso e a motivação. Os adultos têm uma plasticidade menor, mas o que vale mesmo é o empenho, pois os exercícios requerem atenção e dedicação
Para que o sucesso no tratamento ortodôntico seja alcançado é imprescindível que o profissional encarregado tenha conhecimentos do funcionamento do sistema mastigatório e das afecções respiratórias que podem dificultar ou até impedir o progresso do tratamento .
O ortodontista pode precisar adaptar sua técnica, dosando o momento de entrar com essa ou aquela aparatologia , sempre visando não apenas a questão dentária mas a saúde respiratória e muscular de seu paciente.